segunda-feira, 29 de março de 2010

como criar para mim um corpo sem orgãos?

quinta-feira, 25 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

co-existências

Eu bem que desconfiava que eu iria desaparecer na medida em que minha barriga fosse crescendo. Sumiço virtual pra dar conta da expansão real. Em meio a minha batalha diária entre linhas e capítulos dissertacionais, vou vencendo, sem me dar muita conta, centímetro a centímetro de barriga. Mas mesmo diante de toda minha negligência materna - dele ainda não ter nome, de eu pouco conversar com ele (ele já escuta e distingue tons graves dos agudos!) - , é impressionante como ele está lá comigo o tempo inteiro. Não é bem uma escolha estar ou não com ele: estamos misturados. Encarnados. Acordamos juntos, comemos juntos, fazemos hidroginástica, yoga, pegamos metrô, sorrimos, choramos. Uma substância, um mesmo sangue, uma mesma carne. E nós ainda nem nos conhecemos...

dez centímetros





Somado aos números do post anterior, esse último mês minha barriga me presenteou com dez centímetros a mais, e, segundo minha ginecologista, meu bebê "está com o tamanho um pouco acima da média". Com um sorriso um tanto sádico completou com um "e você que ainda quer um parto normal..." Sorri junto na hora meio que pra não perder a amiga, mas depois da informação virar assombração na minha cabeça, foia médica quem perdeu a paciente: troquei de ginecologista, ou G.O., para as íntimas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

dez quilos, vinte e duas semanas, 5 centímetros de busto, 7 centímetros de cintura, 3 centímetros de quadril, um capítulo de dissertação, um berço de camping, duas médicas, quatro ultrasons, um pintinho, R$ 00,00, nenhum emprego, duas provas de concursos, nenhum nome, roupinhas fofas, quinhentos nomes, rio de janeiro, trezentas cambalhotinhas na barriga, brasília. SOCORRO.