terça-feira, 16 de março de 2010

co-existências

Eu bem que desconfiava que eu iria desaparecer na medida em que minha barriga fosse crescendo. Sumiço virtual pra dar conta da expansão real. Em meio a minha batalha diária entre linhas e capítulos dissertacionais, vou vencendo, sem me dar muita conta, centímetro a centímetro de barriga. Mas mesmo diante de toda minha negligência materna - dele ainda não ter nome, de eu pouco conversar com ele (ele já escuta e distingue tons graves dos agudos!) - , é impressionante como ele está lá comigo o tempo inteiro. Não é bem uma escolha estar ou não com ele: estamos misturados. Encarnados. Acordamos juntos, comemos juntos, fazemos hidroginástica, yoga, pegamos metrô, sorrimos, choramos. Uma substância, um mesmo sangue, uma mesma carne. E nós ainda nem nos conhecemos...

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